O Bitcoin (BTC) ainda se encontra “sobrecomprado”, mesmo após uma correção significativa de 10% desde sua máxima histórica de US$ 73.798 na semana anterior. A informação faz parte de uma análise do JPMorgan, em um relatório da última quinta-feira (21/03).
Estar em uma condição de sobrecompra indica que o preço do ativo subiu rapidamente em um curto intervalo de tempo. O que muitas vezes antecede uma possível desvalorização. O banco JPMorgan prevê que a tendência de queda do preço do Bitcoin pode persistir até a aproximação do halving.
Este grande evento está programado para abril e resultará na redução pela metade da quantidade de novos Bitcoins gerados. Nesse meio termo, a expectativa é de que os investidores continuem realizando lucros.
Queda do Bitcoin coincidiu com a fuga dos seus ETFs Spot
Desde o final da última semana, o Bitcoin enfrenta uma correção no mercado. Este movimento aconteceu no mesmo período da redução na procura pelos ETFs (fundos de índice) spot de Bitcoin nos Estados Unidos, os quais começaram a ser negociados em 11 de janeiro.
Entre segunda-feira (18/03) e quarta-feira (20/03), os ETFs de Bitcoin testemunharam uma saída líquida de US$ 742 milhões, influenciada principalmente pelos resgates significativos no Grayscale Bitcoin Trust (GBTC). O GBTC, um fundo fechado gerido pela Grayscale, converteu-se em ETF seguindo uma determinação judicial.
De acordo com as informações da Bloomberg, até o presente momento, os ETFs acumularam entradas líquidas de US$ 11,3 bilhões. Entretanto, destaca-se que o GBTC, por si só, enfrentou saídas no valor de US$ 13,6 bilhões.
“O ritmo das entradas líquidas em ETFs de Bitcoin à vista desacelerou acentuadamente, com uma saída significativa na semana passada”, disse o JPMorgan no relatório.
Altcoins continuam em linha com o Bitcoin
Hoje, por volta das 13h, o Bitcoin apresentava uma desvalorização de 6%, sendo negociado a US$ 63.110, conforme indicado pelo agregador CoinGecko.
As altcoins, que englobam todas as criptomoedas exceto o BTC, também têm um dia de baixa no mercado. A Solana (SOL), em particular, segue caindo mais de 10% em comparação com sua cotação 24 horas antes.